Um estudo sobre 67 testes aleatórios realizados com suplementos antioxidantes não encontrou nenhuma evidência de que eles prolonguem a vida e ainda descobriu uma forte evidência de que eles podem encurtá-la. Os testes incluíram quase 250 mil participantes, incluindo pessoas saudáveis e pessoas com vários tipos de doenças.
Os autores do estudo descobriram que, no geral, suplementos antioxidantes não tiveram efeito sobre a mortalidade. No entanto, nos estudos mais extremos (19 testes duplo-cego com boa aleatoriedade e acompanhamento), suplementos em doses consideravelmente mais altas que aquelas contidas em pílulas com múltiplas vitaminas aparentaram aumentar o risco de morte em 16% para vitamina A, 7% para betacaroteno e 4% para vitamina E. Não houve diferença se os grupos testados estavam doentes ou saudáveis. Vitamina C e selênio, por outro lado, não tiveram efeito discernível.
Os autores defendem suas conclusões assertivamente. “Betacaroteno, vitamina A e vitamina E, administradas individualmente ou combinadas com outros suplementos antioxidantes, aumentam significativamente a mortalidade”, escrevem.
O estudo, publicado em 16 de abril na Cochrane Library, também conclui que é necessário realizar mais pesquisas sobre a vitamina C e o selênio. Mas os autores alertam que, devido aos riscos dos suplementos antioxidantes em geral, esses trabalhos deverão ser realizados sob a direção de comitês de segurança e com monitoramento de dados independente e cuidadoso.
Fonte: G1
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